PRONTUÁRiO
RESISTÊNCIA
Uma
sofisticada ilustração narrativa, pelas atmosferas dum grafismo
sensual, sangrento ou inexorável, o qual é tributário do
imaginário épico-gótico na actual exploração por Hollywood,
estiliza a criatividade narrativa e visionária do artista suiço
Enrico
Marini,
nome maior da escola franco-belga de banda desenhada. Obra
monumental, de maturidade e consagração, As
Águias de Roma
- em Livro
III,
com edição sob chancela Asa - é uma proposta para os fãs ávidos
de emoções fortes, ambientada no esplendor imperial, pelo ano 9
d.C.
Em
causa, o regresso à Germânia de Armínio, filho do príncipe
Sigmar, e confiado por Augusto ao pai de Marco, com a mesma idade, um
leal Tito Valério Falco… Disciplina, subjugação, cumplicidade,
confronto, rivalidade amorosa, atravessam uma realidade tranquila ou
violenta na aparência faustosa, sob a qual se ocultam forças
decisivas, com influência sobre o bem e o mal. Entre vítimas e
vencedores, predadores ou coniventes, sob estigmas sobrenaturais /
demoníacos, eis símbolos / significados paralelos à mutação dos
códigos de uma leitura sobre a história...
IMAG.8-17-25-56-344-378
VISTORiA
Sinto
Vergonha de Mim Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o eu feliz a qualquer custo,
buscando a tal felicidade
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos floreios para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre contestar,
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não
tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto!
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto!
Ruy
Barbosa
PARLATÓRiO
Quando
falares, cuida para que as tuas palavras sejam melhores do que o teu
silêncio, e lembra-te de que alto deve ser o valor das tuas ideias,
não o volume da tua voz. Falar sem pensar, é disparar sem apontar…
Por
falta de um prego, perdeu-se uma ferradura. Por falta de uma
ferradura, perdeu-se um cavalo. Por falta de um cavalo, perdeu-se um
cavaleiro. Por falta de um cavaleiro, perdeu-se uma batalha. E assim,
um reino foi perdido. Tudo, por falta de um prego…
George
Herbert
Gosto
de pensar que a minha música é, muitas vezes, verdadeira. Mas, às
vezes, é fingimento e uma enorme fonte de fragilidade interior, que
não pode ser disfarçada…
Bernardo
Sassetti
MEMÓRiA
03ABR1593-01MAR1633
- George Herbert: Poeta, orador e padre anglo-galês - «Aquele que
nada sabe, também não duvida de nada… Viver sem amigos, é morrer
sem testemunhas».
1849-01MAR1923
- Ruy Barbosa: Escritor, filólogo, jurista e político brasileiro -
«A mesma natureza humana, propensa sempre a cativar os
subservientes, nos ensina a defender-nos contra os ambiciosos».
IMAG.249
1891-05MAR1953
- Serguei Sergueievitch
Prokofiev: Compositor, pianista e
maestro russo - «Interessa-me um
mais simples e melódico estilo para a música, um menos complicado
estado emocional… Não conheço nada melhor, mais flexível ou mais
completo do que a forma da sonata, que contem tudo o que é
necessário para as minhas propostas estruturais» (1930).
IMAG.117-284-319-375-389
1892-06MAR1973
- Pearl Sydenstricker Buck, aliás Pearl S. Buck: Escritora
norte-americana, Prémio Nobel da Literatura em 1938 - «Muitas
pessoas perdem as pequenas alegrias, enquanto aguardam pela grande
felicidade». IMAG.87-376
CALENDÁRiO
08MAI-30SET2012
- Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema expõe
Pathé - O Primeiro Império do Cinema;
inclui uma selecção de equipamentos e objectos que retratam as
várias áreas de actividade da Pathé desde a sua fundação (1896):
a fonografia, as câmaras e projectores de cinema amador e
profissional - entre estes, um exemplar do modelo de câmara
utilizada pela Invicta Film nas suas principais produções.
IMAG.36-82-150-163-171-172-181-193-221-223-224-227-275-382
10MAI2012
- Midas Filmes estreia Rafa
de João Salaviza; com Rodrigo Perdigão e Joana de Verona. IMAG.269
10MAI2012
- Columbia TriStar Warner estreia Sombras
da Escuridão / Dark Shadows de
Tim Burton; sobre o universo literário concebido por Dan Curtis, com
Johnny Depp e Michelle Pfeiffer. IMAG.213
1970-10MAI2012
- Bernardo da Costa Sassetti Pais, aliás Bernardo Sassetti:
Compositor e pianista português, bisneto de Sidónio Pais,
sobrinho-neto de Luís de Freitas Branco, casado com Beatriz Batarda
- «Quando me entusiasmo, ninguém me pára… Às vezes, acontecem
pequenos, inesperados milagres! As imagens da música e a música das
imagens complementam a criação artística que persigo… ».
IMAG.310
1941-11MAI2012
- Tony DeZuniga: Ilustrador filipino de banda desenhada, radicado nos
EUA (1962), criador de Black
Orchid (1972), tendo
trabalhado para DC Comics e Marvel Comics - «Tinha um estilo único,
pelo menos quanto à banda desenhada americana, com uma excitante
combinação de realismo e energia» (Mark Evanier). IMAG.67
1924-12MAI2012
- Domingos Marques: Tenor português, actor de teatro e cinema,
protagonista de O Cantor e a
Bailarina (1959 - Armando de
Miranda) - «A voz foi um dom que Deus me deu».
1920-12MAI2012
- Eddy Paape: Argumentista e ilustrador belga de quadradinhos, autor
de Luc Orient
(1966) - «Um dos grandes criadores e desenhadores da banda desenhada
franco-belga do Século XX» (Alexandre Ribeiro). IMAG.253
14MAI2012
- Maria João Worm é distinguida com o Prémio Nacional de
Ilustração 2011, por Os
Animais Domésticos.
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BREVIÁRiO
Bertrand
Editora lança O País dos
Cágados de António Gomes de
Almeida (história) e Artur Correia (desenhos).
IMAG.17-92-128-256-278-312-365
Harmonia
Mundi edita em CD, com DVD, Manuel De
Falla [1876-1946]:
Noches En los Jardines de España pelo
pianista Javier Perianes, com Orquestra Sinfónica da BBC, sob a
direcção de Josep Pons. IMAG.104-382
Bertrand
edita O Anjo do Dilúvio
de Margaret Atwood; tradução de Miguel Baptista. IMAG.330
Naive
edita em CD, Hector Berlioz
[1803-1869]: Harold en Italie
- Les Nuits d’Eté - Le Roi de Thule
por Antoine Tamestit e Anne Sofie Von Otter, com Les Musiciens du
Louvre-Grenoble, sob a direcção de Marc Minkowski.
IMAG.54-78-84-254-308-405
Guerra
& Paz edita Heróis da
História de Portugal Como Nunca Foram Contados de
Pedro Marta Santos.
Decca
edita em CD, Ludwig van Beethoven
[1770-1827] - The
Symphonies
pelo maestro Riccardo Chailly, com a Gewandhausorchester.
IMAG.134-163-202-204-210-228-229-236-237-239-255-268-285-298-303-323-360-375-384
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