PRONTUÁRiO
MUSICAL
Logo
na América, durante mais de um século, as relações entre o cinema
e a música são constantes e recíprocas, com efeito privilegiado em
projecção. Além do testemunho documental manifesto pelas imagens,
o cinema recria - na prioritária vertente ficcional - uma ilustração
biográfica sobre grandes compositores; frequentemente, a música é
utilizada na expressão fílmica como um elemento dramático,
dimensional ou interpretativo; cabendo ainda referenciar o musical,
como um primordial e dos mais populares géneros cinematográficos,
sob o signo de Hollywood. O (des)envolvimento visual, coreográfico,
é simultâneo ou subsequente à essencial estrutura melódica, pela
interacção dos estilos de representação e das manifestações
artísticas. Na década de 1950, estabelece-se uma eficaz
complementaridade entre a música e a imagem, sobretudo pela pesquisa
/ exploração dos modelos dramáticos, sobre os distintos géneros
ou vertentes ficcionais. Os principais autores readquirem um
determinante estatuto criativo / experimental - do domínio
orquestral, sinfónico, às motivações do jazz.
CALENDÁRiO
14MAR2013
- BlackMaria produziu, e estreia A
Última Vez Que Vi Macau e
Alvorada Vermelha,
de e com João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata.
IMAG.68-165-272
21MAR2013
- ZON Audiovisuais estreia Comboio
Nocturno Para Lisboa/Night Train To Lisbon
de Bille August; com Jeremy Irons e Charlotte Rampling. IMAG.287
1917-22MAR2013
- Óscar Luís de Freitas Lopes, aliás Óscar Lopes: Intelectual e
professor português, investigador de literatura e linguística,
co-autor de História da
Literatura Portuguesa (1955)
- «Estou farto de sofrer dores de cabeça e este mal-difuso. No
entanto, acredito que a vida tem um sentido. Acredito, de raiz,
nisso. Nesse aspecto, sou religioso, e fui-o sempre» (a António
José Saraiva - 1978). IMAG.241
ANUÁRiO
1863-1864
- Neste ano económico, a receita cobrada pelo Estado para os cofres
públicos eleva-se à verba de 15.662.970$860 réis.
1864
- Neste ano lectivo, fazem exames, no Liceu Normal de Braga, 705
alunos estranhos àquele estabelecimento de ensino.
1864
- A Imprensa Nacional de Lisboa contava em 1769, primeiro ano da sua
existência, com 56 operários; em 1810, com 98; em 1840, com 114; em
1856, com 211; e, neste 1864, com 282 - além de diversos gravadores,
litógrafos, brochadores e encadernadores que trabalham fora.
MEMÓRiA
FEV1584-1655
- Manuel Severim de Faria: «Chantre da Sé de Évora, escritor
célebre, proprietário da mais rica livraria e colecção
numismática e arqueológica do seu tempo»; considerado o primeiro
jornalista português, autor de Notícias
de Portugal (1655).16DEZ1865
- Diário de Notícias
COMENTÁRiO
…Tendo
eu naquele tempo uma obra grande, que intitulava: Noticia
de Portugal, e Suas Conquistas:
já quase em estado para se poder imprimir… Com tudo como as cousas
daqueles anos para cá tiveram tão grande mudança, recresceram tais
inconvenientes, que sustive na execução de tal intento. Porém,
entendendo eu, que não seriam de menor serviço público alguns
discursos dos muitos, que nesta obra se continham sobe diversas
matérias, assim políticas, como de vária lição, me pareceu
comunicá-los a todos, e pelo que participam de seu primeiro
original, dar-lhe o título de Notícias
de Portugal.
Manuel
Severim de Faria (1655)
VISTORiA
Observaçõens
Dos Males Que Deus Permittio Para Bem de Portugal
Permittio
Deus, que se perdesse El Rey Dom Sebastiaõ, e ficasse toda a
Fidalguia Portugueza captiva de Mouros; porque estando os Portuguezes
muito soberbos com as victorias que houveraõ por todas as partes do
Mundo; nam as reconheciam já a Deos; mas cuidavam que eraõ
alcançadas só por seo valor. Castigou Deos esta soberba com aquelle
Mizeravel Captiveiro. E depois com a entrada dos Castelhanos; que
conhecendo nós por experiencia, que as victorias que alcançavamos,
naõ era por nossa fortaleza, se nam pela mizericordia de Deus, nos
humilhasse-mos, e fossemos exemplo ao Mundo deste conhecimento; e
ficasse-mos capazes de receber outra vez o Reyno, e Liberdade de sua
Divina Mâm.
Permittio
Deus, que o Conde de Vimioso Dom Francisco, perdesse a vida, e a
caza, defendendo a Liberdade de Portugal, e que o Conde de Basto, e o
Marquez de Castello Rodrigo, ganhassem estes Titullos entregando o
mesmo Reyno. E ordenou depois que as cazas de Basto, e Castello
Rodrigo, se perdessem; e a do Vimioso se restaurasse pela mesma valia
do Conde de Basto, que cazou sua filha com Dom Luís; e pela fazenda
da de Castello Rodrigo, que cazou outra filha com o Conde Dom
Affonso: para mostrar a todos com tam raros exemplos, que os que
fazem o que nam devem, cuidando de ganhar para seus filhos, os deixam
perdidos; e os que fazem o que devem, ainda que de prezente padeçam,
nam deixam seus filhos desamparados; antes accrescentados na opiniaõ
dos Homens, e na protecçam Divina.
Permittio
a Guerra dos Ollandezes no Brazil, para haver Capitaens, e Soldados
prácticos neste Reyno, que soubessem pelejar contra a Milicia dos
Castelhanos.
Permittio,
que obrigassem aos Senhores Portuguezes a dar Soldados para
Catalunha; para que tornassem a Portugal prácticos, depois da
Acclamaçam; e isto em tanto numero, que por conta, tem entrado em
Portugal, de Catalunha, e Flandres, quaze seis mil homens de Guerra.
Permittio
o escrever das Fazendas; para que com essa occaziam se levantassem os
de Evora, e entendessem os Castelhanos, que só em Evora havia dez
mil homens armados, sem a Nobreza do Reino; e por isso mandáram, que
Sua Milicia naõ paçasse de Badajóz, e tiveram por felicidade a
Reducçam.
Permittio,
que chamasse El Rey de Castella todos os Grandes, e Fidalgos a
Madrid; para com isso ficarem só em Portugal os que haviam de
Acclamar a Liberdade; estando auzentes os que lhe haviam de rezistir;
principalmente todos os Senhores, que por entregarem Portugal,
alcançáram titullos de El Rey de Castella.
Permittio
a destruiçam da Armada de Oquendo, para que naõ houvesse forças
Maritimas em Castella que offendessen a Portugal.
Permittio
os dezaforos, que os Castelhanos fizeraõ em Catalunha; para se
levantarem os Catellaens, e se entregarem aos Francezes; para que El
Rey de Castella ficasse opprimido com outra Guerra mais perigosa, e
que lhe nam deo lugar para acudir á de Portugal; estando
principalmente com a opiniam das grandes forças deste Reyno; porque,
se de Evora som. lhe disseram que tinha dez mil homens contra Elle,
quando nam tinha comsigo a Nobreza: quanto mayor poder seria agora o
do Reyno todo juncto?
Permittio
Deus, que El Rey de Castella, com a inveja que tinha a Sua Mag.a’
sendo Duque, o obrigasse a ir a Almada com o Titullo de governar as
Armas, parecendolhe, que deste modo o desauthorizava; para que com
esta occaziam, ovisse, e tractasse toda a Nobreza do Reino, e se
penhorasse com novos dezejos de o reconhecer por seo Princepe.
Permittio,
que El Rey de Castella obrigasse a todo os Nobres que fossem militar
a Catalunha, ou perdessem as honras, e fazendas, que possuhiam. E
tendo-se no Reyno experiencia, que os que partiam para este desterro,
nam tornavam: entráram em dezesperaçam; e com ella se rezolvêram a
Acclamarem o verdadeiro Rey, e deixarem o estranho.
Permittio
Deus, que este Reyno chegasse ao mais mizeravel estado, que nunca
teve; sem Armas, sem Soldados, sem Armadas, e sem Forteficaçoens:
para que dando-lhe, nesta mizeria, hum Rey; vissemos, que esta obra
naõ era alcançada por nosso poder, e forças; senam pela
Mizericordia Divina, pois que estavamos sem Gente de guerra nas
quatorze Praças fortes, que os Castelhanos tinham neste Reyno; e os
Navios armados, que estavam em Lisbôa. E pelo contrario; que as
Emprêzas, que accometemos com mayor poder, como foi a de Andaluzia
com trez Armadas; naõ tivessem effeito: e a das Ilhas; q. intentando
libertalla com duas Armadas, nenhuma dellas chegasse a tempo; e os
Naturaes, com suas pequênas forças, rendessem ós Castelhanos;
com que ficou conhecida a Victoria por Divina; e os da Ilha,
recuperando a reputaçam, que no tempo de outra Successam perdêram.
Permittio,
que estando os Castelhanos os seis primeiros mezes quietos, sem
Portugal romper contra elles; elles rompessem a Guerra com Portugal
com muito pouco poder; com que os Portuguezes ficáram melhorando-se
com alcançarem delles muitas Victorias; e fazendo-se com ellas muito
prácticos: O que sem esta occaziam naõ podéra ser.
Permittio,
que antigamente désse EIRey Dom Joao 1.°, quaze a terça parte do
Reyno ao Condestavel Dom Nuno Alvares Pereira; para com este grande
Patrimonio, se poder conservar a decencia Real, da Caza de Bragança
com Estado grandeozo: e agora succedendo na Corôa, tornar-se taõ
grande parte do Reyno a unirse a ella.
Permittio,
que muitos Senhores, e Titullos, cahissem no Crime de deslealdade,
para com suas rendas, e fazendas, se ajudar a sustentar a Guerra
contra Castella.
Escriptos,
e expostos pelo Chantre d'Evora Manoel de Faria Severim
em
20 de Setr.° de 1643
PARLATÓRiO
Nós
só conhecemos uma fracção mínima da realidade… Estamos no
início de uma grande aventura cósmica.
Óscar
Lopes
BREVIÁRiO
Clmc
edita em Blu-ray, Parada de
Estrelas / There’s No Business Like Show Business (1954)
de Walter Lang; com Marilyn Monroe e Donald O’Connor. IMAG.111-449
Marcador
edita No Tempo dos Franceses
de Francisco da Fonseca
Benevides.
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