PRONTUÁRiO
PRODÍGIOS

Concebido e recriado por Hugo
Pratt (1927-1995), as origens de Corto
Maltese
remontam a 1967, durante A
Balada do Mar Salgado.
Obra-prima em quadradinhos de expressão europeia, a sua divulgação
/ reedição - entre nós, sob chancela Asa - prossegue com As
Etiópicas,
Longínquas
Ilhas do Vento
e Sob
a Bandeira dos Piratas,
destacando-se os notáveis prefácios de Marco Steiner, com as
fotografias alusivas de Marco D’Anna. Uma proposta irresistível,
para conhecer ou redescobrir o prodigioso Corto
Maltese.
CALENDÁRiO
22OUT2011-01JAN2012
- Em Lisboa, Cordoaria Nacional apresenta, com o apoio do Museu de
Marinha, O Mundo dos
Dinossauros.
24OUT-05NOV2011
- Em Lisboa, Saldanha Residence apresenta Tintin
Em Lisboa - Exposição de Coleccionadores.
IMAG.
131-136-210-217-245-250-252-317-323-350
25OUT2011
- Em Lisboa, são entregues os galardões da 8ª edição do Prémio
Stuart de Desenho de Imprensa - El Corte Inglés / Casa da Imprensa
2011: Grande Prémio - Wikileaks
de André Carrilho (Diário
de Notícias); Tira Cómica -
Crise de
Luís Veloso (O Interior -
Guarda); Ilustração - Manuel
da Fonseca de Susa Monteiro
(Diário do Alentejo).
03NOV2011-29JAN2012
- No Pavilhão Preto - Museu da Cidade, Casa da América Latina
apresenta, com Embaixada do México e Câmara Municipal de Lisboa,
Frida Kahlo [1907-1954],
as Suas Fotografias.
IMAG.78-110-137-198
MEMÓRiA
1908-06MAR1992
- Maria Helena Vieira da Silva: Artista plástica portuguesa,
naturalizada francesa (1956) - «Procuro pintar algo dos espaços,
dos ritmos, dos movimentos das coisas».
IMAG.14-39-42-75-134-168-182-224-227
1877-09AGO1962
- Hermann Hesse: Escritor alemão, Prémio Nobel da Literatura em
1946 - «Para mim, não existem mais pátrias
nem ideais; tudo isso não passa de pura decoração para os
governantes, que preparam a próxima matança» (1957). IMAG.137-349
10AGO1912-2001
- Jorge Amado: Escritor brasileiro - «…Mas sei todas as palavras
de ódio, do ódio mais profundo e mais mortal. Eles matam crianças
e essa é a sua maneira de brincar o mais inocente dos brinquedos.
Eles desonram a beleza das mulheres nos leitos imundos e essa é a
sua maneira mais romântica de amar. Eles torturam os homens nos
campos de concentração e essa é a sua maneira mais simples de
construir o mundo. Eles invadiram as pátrias, escravizaram os povos,
e esse é o ideal que levam no coração de lama». IMAG.333
1905-12AGO1982
- Henry Fonda: Actor americano - «Se existe algo no meu olhar, se o
meu rosto revela honestidade, espero assim transmitir às pessoas o
homem que gostaria de ser, o homem que pretendo ser».
IMAG.23-35-179-205-331
1885-14AGO1972
- Louis-Henri-Jean Farigoule, aliás Jules Romains: Escritor francês
- «As pessoas que gozam de boa saúde são, apenas, doentes que não
sabem que o estão».
15AGO1922-2009
- Lukas Foss: Compositor, maestro, pianista e pedagogo americano,
nascido na Alemanha - «Como Charles Ives, que normalmente descobria
as coisas muito cedo, eu nunca fiz nada na hora certa... Sempre foi
meu costume chegar tarde demais». IMAG.235
19AGO1922
- No Condes, Castello Lopes estreia Os
Faroleiros de Maurice
Mariaud, com produção de Caldevilla Film. IMAG.9-76-172-199
ANTIQUÁRiO

INVENTÁRiO
OS
FAROLEIROS
Natural
de França, onde trabalhava para a Gaumont, Maurice Mariaud chegou a
Portugal em 1922 – contratado por Caldevilla Film, para quem
dirigiu Os Faroleiros,
um «drama-documentário», de que também foi argumentista e
intérprete (como João Vidal). Tudo incide sobre triângulo amoroso,
numa aldeia de pescadores, culminando em farol isolado do litoral –
ambiente restrito que, tendo o mar limítrofe, precipita um termo
fatídico, arrepiante, para o entrechocar de conflitos e paixões. O
vislumbre de Raul de Caldevilla está patente no respectivo folheto
promocional: «O cinematógrafo moderno tem-se distanciado muito, nos
temas escolhidos e nos fracassos, da técnica de há vinte anos. Já
hoje dificilmente se suportam – e vão sendo postos de parte no
estrangeiro – esses longos filmes em séries de enredo complicado e
por vezes falhos de verosimilhança que estão para o ecrã como para
o tablado as tragédias gregas, as quais levam dias a representar. O
público de hoje, talvez por motivo da vida intensiva que leva e lhe
proporciona certos lazeres, escolhe de preferência películas de não
muito longa metragem, despidas de pormenores dispensáveis, onde haja
o máximo de emoção adentro duma acção quase rectilínea que vá
aumentando de intensidade até ao resultado final. Certamente, há
reconstituições históricas e adaptáveis de romances em que o
cenarista
tem de abstrair deste critério, sob pena de deixar no escuro usos e
costumes que servem de decoração ao quadro, ou de amputar belezas
episódicas que o público consagrou. Mas não é esse o caso das
obras escritas expressamente para o cinema. Nestas há que ser
rápido, incisivo, recortando e dispondo as cenas de forma a atingir
o mais claramente possível o acume da acção. É indispensável que
o desenlace se suceda logicamente, mas sem que o espectador possa
tê-lo adivinhado». A rodagem desta «tragédia empolgante de
beleza, que o espírito idealizador de um mestre conseguiu ornar de
minúcias» (Porto
Cinematográfico), teve lugar
na Caparica e farol do Bugio. A primeira apresentação foi reservada
ao Porto (Salão Jardim da Trindade), a 12 de Julho de 1922; nesse
ano, a estreia decorreu no Condes (Lisboa), a 19 de Agosto; e na
mesma sala se repôs, a 11 de Dezembro de 1925, como O
Faroleiro da Torre do Bugio.
A Pathé Consortium adquiriu direitos de exploração em França, e
foi ainda distribuído no Brasil, Luxemburgo, Bélgica, Itália e
Egipto. No elenco, destacam-se Maria Sampaio (Maria Ana), Abegaída
de Almeida (Rosa) e Alberto Castro Neves (António Gaspar) – que,
em 1931, convidou Mariaud a regressar ao nosso país, onde realizou
Nua,
para Tágide Filme. Ao longo de decénios, ignorou-se o rasto de Os
Faroleiros – perda tanto
mais lamentada quanto, possivelmente, se tratava de uma das
obras-primas mudas da nossa cinematografia. Afortunadamente, tal
viria a confirmar-se, em finais de 1994 – quando foram descobertos,
no Porto (Rua Sá da Bandeira), o negativo e uma cópia, que a
Cinemateca Portuguesa mandou restaurar em Itália, com as tintagens
originais e intertítulos em português.
PARLATÓRiO
Às
vezes, pelo caminho da arte, experimento súbitas, mas fugazes
iluminações e então sinto por momentos uma confiança total, que
está além da razão. Algumas pessoas entendidas que estudaram essas
questões dizem-me que a mística explica tudo. Então é preciso
dizer que não sou suficientemente mística. E continuo a acreditar
que só a morte me dará a explicação que não consigo encontrar.
Vieira
da Silva
BREVIÁRiO
Cavalo
de Ferro edita Viagem ao País
da Manhã de Hermann Hesse
(1877-1962); tradução de Mónica Dias. IMAG.137-349

Bertrand
edita Cartas Astrológicas de
Fernando Pessoa (1888-1935)
de Paulo Cardoso e Jerónimo Pizarro.
IMAG.
26-28-64-82-130-131-157-182-187-196-207-211-236-264-323-326-330-333-343-347-376
Megamúsica
edita em CD, sob chancela Alia Vox, Jean-Philippe
Rameau [1682-1764]:
L’Orchestre de Louis XV, Suites d’Orchestre
por Le Concert des Nations, sob a direcção de Jordi Savall.
IMAG.340
Ática
edita Os Portugueses, Um Povo
Suicida de Miguel de Unamuno
(1864-1936). IMAG.112-226
Na
série Corto Maltese
de Hugo Pratt (1927-1995), Asa edita As
Etiópicas, Longínquas
Ilhas do Vento e Sob
a Bandeira dos Piratas; prefácios
de Marco Steiner, fotografias de Marco D’Anna.
IMAG.1-26-47-65-69-75-157-256-286-308-360
Brilliant
Classics edita em CD, Enrique Granados
[1867-1916] -
Goyescas - Allegro de Concierto; [Manuel
de] Falla [1876-1946]
- Tres Obras Desconocidas pela
pianista Cristina Ortis. IMAG.104
COMENTÁRiO

Hermann
Hesse
-
O Jogo das Contas de Vidro
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