PRONTUÁRiO
PERIPÉCIAS
Apagar
fogos, a lei e a ordem, novas tecnologias e sucesso porta a porta são
expressões profissionais sobre quem, dando heroicamente o corpo ao
manifesto, inspira também o humor como receita excitante ou azarenta
- que, em quadradinhos, se destina especialmente aos leitores
adultos.
Muitos destes, fiéis apreciadores, há em Portugal - apesar
de uma escassa tradição artística, e da ainda mais rara ousadia
editorial. Tendo assumido esse propósito, a Asa diversifica também
a oferta, sob o signo da banda desenhada franco-belga, através de
algumas coordenadas com agrado certo - como
Os Bombeiros - Sempre a
Meter Água! de
Cazenove & Stédo, Os
Chuis - Sorriam, Foram Apanhados!
de Jenfevre, Sulpice &
Cazenove, Os Informáticos
- Morte ao Bug de
Reynès, Brrémaud & Toulon e Os
Comerciais - Venda Subliminar
de Bloz, Plumeri &
Boitelle…
No fundo, tudo se completa entre a ironia e o acaso, a derrota e a desforra, que a banda desenhada recompensa com sensação e ironia, até à hilariedade!

No fundo, tudo se completa entre a ironia e o acaso, a derrota e a desforra, que a banda desenhada recompensa com sensação e ironia, até à hilariedade!
CALENDÁRiO
1941-03FEV2012
- Zalman King: Actor, cineasta e produtor americano - «Era uma alma
nobre e brilhante» (Charlie Sheen».
1923-05FEV2012
- Fernando Lanhas: Pintor e arquitecto português - «O homem olha
duas vezes, ele tem a capacidade de recordar uma dúvida».
1923-06FEV2012
- Antoni Tàpies: Pintor espanhol, natural da Catalunha - «Tem uma
forte influência da liberdade poética do surrealismo, mas há nele
uma orientação muito original para outras sensibilidades,
nomeadamente as orientais ligadas ao budismo» (João Pinharanda).
IMAG.356
09FEV2012
- Clap Filmes produziu, e estreia Paixão
de Margarida Gil; com Carloto
Cotta e Ana Brandão. IMAG.27-42-77-129
09FEV2012
- ZON Lusomundo estreia O Que
Há de Novo No Amor? de Hugo
Alves, Hugo Martins, Mónica Santana Baptista, Patrícia Raposo, Rui
Santos e Tiago Nunes; com David Cabecinha e Diana Nicolau.
10FEV-30ABR2012
- Fundação Calouste Gulbenkian expõe Fernando
Pessoa [1888-1935]:
Plural Como o Universo, em
colaboração com a Fundação Roberto Marinho (Brasil) e o Museu da
Língua Portuguesa de São Paulo; inclui filmes, vozes e sons, poemas
ditos e páginas de livros.
IMAG.26-28-64-82-130-131-157-182-187-196-207-211-236-264-323-326-330-333-343-347-376-382-384-385
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1963-11FEV2012
- Whitney Houston: Cantora americana de pop,
gospel
e soul
- «Há muito tempo, decidi que nunca estaria à sombra de ninguém…
Porque, se eu falhar, ou se eu atingir o meu objectivo, pelo menos
tê-lo-ei feito pelo modo em que acreditei».
17MAR-28JUL2012
- No Centro de Investigação e de Estudos Arte e Multimédia/CIEAM,
da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, decorre o
curso A América
Pré-Colombiana
- Introdução à História e às Artes Visuais da Cultura Ameríndia,
orientado por Diniz Conefrey.IMAG.289-301-325-332-377
MEMÓRiA
15SET1942
- No São Luiz, Sonoro Filme estreia Ala-Arriba!
de Leitão de Barros; com
Domingos Gonçalves e Elsa Bela-Flor.
IMAG.68-76-78-82-94-95-103-115-130-154-161-164-175-180-221-222-227-232-239-242-245-269-327-370
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1823-17NOV1872
- José Maria Braz Martins: Actor português e autor teatral -
«Escritor estudioso e atilado compositor dramático, que deu vida em
palco às suas próprias obras, mostrando quão bem sabia tornar
imagens reais as fantasias do seu espírito» (Diário
de Notícias - 18NOV1872).
1871-18NOV1922
- Marcel Proust: Ficcionista e ensaísta francês - «O
artista que troca uma hora de trabalho por uma hora de conversa com
um amigo sabe que está a sacrificar uma realidade a algo que não
existe».
IMAG.13-128-330-392
22NOV1782-1857
- Sophia Petrovna Soïmonov, aliás Anne Sophie Swetchine: Mística e
escritora russa - «A cada passo, os homens invocam a justiça,
quando a justiça deveria fazê-los tremer».
INVENTÁRiO
O
MAR E OS POVEIROS
Um
dos filmes de Leitão de Barros que maior consenso granjeou,
cumulando admiradores e rendendo críticos, Ala-Arriba!
(1942) inspirou-se em Os
Poveiros, obra de A. Santos
Graça, rica em termos descritivos. Partindo dum caso verídico,
Alfredo Cortez escreveu o argumento. Houve, depois, que encontrar
soluções de compromisso na planificação, para «tornar
compreensíveis certos usos e costumes dos poveiros».
Consciente
do terreno em que se movia, Barros - sempre determinado entre o
documentário e a ficção, num jogo de incidências recíprocas -
alertou que Ala-Arriba!
deve «ser considerado num plano especial». Tendo recorrido a
actores profissionais ou amadores, de Maria
do Mar (1930) - que medeia a
trilogia litoral, após Nazaré,
Praia de Pescadores (1929) -
a Lisboa, Crónica Anedótica
(1930), fora do contexto ambiental, deixa agora aos «pescadores
autênticos, peixeiros, operários humildes dos arredores da Póvoa
de Varzim» a assunção dos seus dramas e vivências, de que os
protagonistas, um casal autêntico, dão vivo recorte: ele, Domingos
Gonçalves, moreno e másculo; ela, Elsa Bela-Flor, loira e
graciosa... Só Maria Olguim, como suporte,
e Luís Pinto, que descreve a tradição, vêm de fora...
Toda
a equipa se dedicou, com sinceridade e disciplina, ao registo duma
realidade adequada à actualidade da produção; num conflito - para
o cineasta - que «não é de hoje», eivado de «imprevistas notas
pitorescas e etnográficas», articulado por regras únicas e
práticas consuetudinárias, dum corpo social rigidamente dividido em
castas; onde coabitam «as romarias, os bruxedos, as fogueiras, as
procissões, como a da Senhora da Assunção, entre os barcos - notas
ricas de fundo folclórico». Tudo isto - «simples, forte, rude» -
o atraiu, com rara sensibilidade e inexcedível talento.
O
tema e as motivações interessaram o Secretariado da Propaganda
Nacional e, em Setembro de 1942, Ala-Arriba!
arrebatava na Bienal de Veneza - onde sobressaíam as Taças
Mussolini - um dos prémios Biennali.
Este filme límpido e misterioso foi, então, considerado um expoente
do género - ao lado de Moana
(1926 - Robert Flaherty), Pescadores
de Sargaços (1928 - Jean
Epstein) ou Esquimó
(1933 - W.S. Van Dyke) - e um precursor do neo-realismo.
Razão
tinha Leitão de Barros, quando pretendeu «romper com o vaudeville
à moda do Minho, pelo drama à moda do mundo». Colaboradores
inestimáveis foram Arthur Duarte, como director de cena e, na
música, Ruy Coelho, «mestre indicado para este verdadeiro poema
sinfónico». A sequência do naufrágio ficou como o clou
máximo da temporada, e - lembraria o lendário fotógrafo-de-cena
João Martins - «só o mar, imensíssimo e temível, lutou com ele,
o convenceu e venceu os seus inúmeros caprichos artísticos».
Um
Poema
Quando
já não sabemos,
fica
outra ciência
mais
límpida, menos ciência
Que
nos diz onde,
nos
diz como
Porque
saber
muito, ainda é do homem
Fernando
Lanhas

Marcel
Proust
-
Em Busca do Tempo Perdido - O Tempo Reencontrado (1922
- excerto)
PARLATÓRiO

Imperatriz
Isabel da Áustria
(Isabel
da Baviera, aliás Elisabeth Amalie Eugenie von Österreich-Ungarn,
aliás Sissi
- 1837-1898),
ao
Clube dos Direitos da Mulher reunido em Viena
-
NOV1872
BREVIÁRiO
Alfaguara
edita Vencidos da Vida de
Leonard Cohen; tradução de João Henriques.
IMAG.13-64-123-253-292-338-350
Sony edita em CD, sob chancela Columbia, Old Ideas de Leonard Cohen. IMAG.13-64-123-253-292-338-350
Dom
Quixote edita Os Cachorros /
Os Chefes de Mario Vargas
Llosa; tradução de Pedro Tamen. IMAG.229-244-327-342-348
Deutsche
Grammophon edita em CD, Franz Liszt
[1811-1886]:
Faust - Symphonie por Boston
Symphony Orchestra, sob a direcção de Leonard Bernstein.
IMAG.92-175-319-337-384-392-394
Relógio
D’Agua edita As Desventuras
do Sr. Pinfold de Evelyn
Waugh (1903-1966); tradução de Maria Teresa e João Carlos Beckert
d’Assunção. IMAG.180
Harmonia
Mundi edita em CD, Guillaume
Dufay [1397-1474]:
O Gemma Lux por Paul Van
Nevel, com Huelgas-Ensemble.
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